sexta-feira, 8 de março de 2013

Recomendação

Dispensável
O Estadão, no imediato do "conflito" desencadeado pelo ministro Joaquim Barbosa com um de seus repórteres - oportunidade em que, deselegante, sugeriu que o dito cujo fosse chafurdar no lixo - recomendou em editorial a saída do atual presidente do Supremo Tribunal Federal, porque não poderia presidir a Corte com a dor que leva em suas costas.

Inegável que para o Estadão e congêneres Joaquim Barbosa já cumpriu seu "dever": o de misturar alhos com bugalhos jurídicos no julgamento de algumas figuras da "república petista". Tanto que, aplicando a lei, não permitiu a saída de José Dirceu do país para se fazer presente no velório de Hugo Chavez.

Sintomático que Joaquim Barbosa tenha em mãos o poder de desencadear algumas iniciativas louváveis como julgar o tucanato envolvido na privataria de Minas Gerais (onde também há o valerioduto e Lista de Furnas, que citam até mesmo o ministro Gilmar Mendes), legitimar as operações Satiagraha e Castelo de Areia e, fato mais recente (a considerar as denúncias do senador Collor), a prevaricação do Procurador-Geral da República por engavetar investigações contra Roseana Sarney e Aécio Neves.

A recomendação do Estadão é dispensável. Como indispensável será a intervenção do ministro Joaquim Barbosa em casos como os citados acima.

Ambos se entrelaçam em convergência: a saída evitaria o desencadeamento de tais iniciativas pelo próprio Barbosa. Que, de nossa parte, não acreditamos que aconteçam. Afinal, alcançariam gente graúda do tucanato e figuras de grata expressão da "república" que alimenta Estadão e congêneres.


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