terça-feira, 21 de maio de 2013

Objeto

De estudo
Certamente o ministro Joaquim Babrosa caminha para tornar-se um centro de estudos. Menos por seu conhecimento jurídico, se considerarmos algumas aberrações defendidas na relatoria da AP 470; mais por suas declarações sobre temas diversos, alheios ao mundo do Direito, em que pese nele repercutindo.

Tomamos parte do dito pela ministra Delaíde Miranda Arantes, do TST, à revista ISTOÉ, quando Sua Excelência escancara algo palpável mas que ainda não fora dito da forma como o foi, e do patamar de quem o disse:

"A impressão que tenho é que o presidente do STF pode ter amargura no coração. Às vezes faz discursos duros contra tentativas de defesas de réus. A gente não sabe por que faz isso. Quem sabe Freud possa explicar".

Sem meias palavras a ministra Delaíde jogou Joaquim Barbosa no divã da Psicanálise freudiana, que poderá nele encontrar sintomas de insegurança sexual, conflitos na relação com a genitora, talvez com o genitor. Mas, como deduzimos da fala da ministra, sem o debruçamento científico tudo fica no plano da possibilidade e da especulação.

Quando indagada se se sentia ascendendo na carreira jurídica numa trajetória de superação que lembraria a do Presidente do STF foi taxativa, direta e causou constrangimento à imagem de Barbosa:

"Eu não sou Joaquim Barbosa. Temos essa coincidência de trajetórias, mas não penso como ele. Tenho respeito. E tenho o dever hierárquico de respeito, porque ele comanda o Supremo. Entretanto, ele faz críticas à magistratura que eu não faria, pois não contribuem para alterar nada no Judiciário, especialmente pela forma como ele faz. O presidente do Supremo também critica advogados. Preocupam-me as declarações que ele fez ao ministro Ricardo Lewandowski durante o julgamento do mensalão. Eu não critico um colega que vota diferente de mim. Não acho que tenho esse direito. Eu realmente tenho uma preocupação com a forma como ele fala e como se coloca." 

De imediato uma conclusão cristalina: Joaquim Barbosa não é exemplo para a ministra Delaíde, ainda que o respeite no plano hierárquico.

Ultrapassadas essas observações a partir da entrevista da ministra Delaíde Arantes nos voltamos para uma outra vertente de estudo, considerando o dito pelo ministro Joaquim Barbosa sobre uma parcela da elite da imprensa brasileira.

Mas, perdoe-nos o leitor, postaremos mais tarde, já que o dever de ministrar uma aula na UESC nos chama. 

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