sexta-feira, 3 de maio de 2013

O que move

Gilmar Mendes
Não se afirme que a decisão de Gilmar Mendes de suspender tramitação de lei em fase de discussão legislativa pode ser tributada à consciência do STF. Fora isso e teríamos alcançado o caos institucional.

Não descuremos que Gilmar Mendes é um ministro famoso e caiu nas graças da opinião pública não por seu conhecimento jurídico mas por ter concedido dois habeas corpus em menos de 48 para soltar o banqueiro Daniel Dantas e permitir a fuga de Roger Abdelmassih, aquele médico condenado a 278 anos de cadeia por haver estuprado 58 mulheres em sua clínica, quando o mesmo Mendes o favoreceu também com um habeas corpus.

Há nas inconsequentes atitudes monocráticas de Gilmar Mendes uma evidente atuação político-partidária, tanto que aplaudido por parlamentares de partidos que hoje temem a eleição de 2014 e buscam, por todos os meios, criar espaços que levem a eleição presidencial pelo menos ao segundo turno.

Se a política move o ministro Gilamr Mendes joga ele as instituições democráticas em terreno pantanoso, visto não ser facultado a membros do Poder Judiciário a atuação em tal seara. A não ser que a ele renunciem.

Ninguém duvide, no entanto, que a atuação do ministro, ao se deixar bajular por políticos, se insere em típica oposição político-partidária extrapartidária.

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