segunda-feira, 24 de junho de 2013

Como vemos

O rescaldo
Considerando que a proposta do Movimento Passe Livre foi alcançada, basta que se perceba o número de cidades que reduziram ou suspenderam o aumento de tarifas do transporte urbano, fica-nos a pulga atrás da orelha com os "avanços" pretendidos por outros grupos que não se identificam e apresentam um leque de "soluções" que atingem pontos cruciais presentes na história do país e de suas instituições. Não fora o oportunístico enfrentamento à realização da Copa das Condeferações e do Mundo. 

Inquestionável que há uma manipulação político-partidária com vistas ao processo eleitoral vindouro: eleição para presidente da República, deputados e senadores em 2014. Mormente quando o próprio Movimento Passe Livre se diz afastado das manifestações para não ser utilizado como instrumento da direita nacional e por entender que a proposta que o levou às ruas foi atendido (no caso de São Paulo mais especificamente).

Mas - este o nó górdio instalado em nós - alguns insistem em permanecer nas ruas. Pedem da saída de Renan Calheiros ao combate à corrupção. Saída de Renan não é difícil: basta não reelegê-lo quando se candidatar. Combater a corrupção, como manifestação, começaria - se fosse sério o propósito - incluindo não só a que ocorre no setor público mas, a mais perigosa, a incrustada no empresariado que a alimenta.

Na esteira do rescaldo começamos a vislumbrar coisas que já vimos no curso da existência; uma delas desguou no golpe de 1964 quando a pátria, a família, a propriedade e a democracia motivavam as ruas.

Não afirmamos, mas podem estar sendo reeditados institos como o IBAD - Institututo Brasileiro de Ação Democrática - financiado pelos Estados Unidos para desestabilizar países e "convertê-los" aos seus interesses.

Quem duvidar que tal possa estar acontecendo leia "USAID, NED y CIA: La agression permanente", de Jean-Guy Allard e Eva Golinger, disponível em PDF.

Eva Golinder, particularmente, tem obras publicadas a partir de investigações que a levam cristalinamente a concluir pela permanente ingerência dos Estados Unidos na América Latina. 

Não custa ler, para compreender o rescaldo.

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