segunda-feira, 17 de junho de 2013

Outro

Significado
O Brasil - se definimos a iniciativa de alguns como amostra consciente da totalidade de sua gente - desenvolveu um estranho procedimento, que espanta os de fora: vaiar instituições. No caso específico, a representação maior do país.

A iniciativa - à época atribuída ao concerto engendrado pelo então prefeito do Rio de Janeiro César Maia - teve seu pontapé nos Jogos Panamericanos de 2007, quando o presidente Lula recebeu vaias ao ser anunciado para abrir oficialmente os Jogos. O mesmo ocorreu em Brasília, na abertura da Copa das Confederações, quando o nome da Presidente da República foi anunciado pelo presidente da FIFA, Joseph Blatter.

A Presidência da República é a expressão de um órgão que representa o país e em seu nome assina tratados, contratos, defende interesses internos no cenário internacional. Tanto que o seu titular responde cível, criminal e politicamente por seus atos como representante decorrente de eleição direta. Quando a presidente Dilma Rousseff fala - assim como Lula, FHC, Itamar, Collor e Sarney nestes últimos anos - fala por ela o Brasil. Gostemos ou não dela como pessoa. Não está ali a personalidade Dilma, mas a representante do País.

O fato nos remete a uma avaliação imediata: muitos não entendem o que significa a representação de um país.

Vaiar um Presidente da República no exercício da representação é como vaiar a Bandeira ou o Hino Nacional.

Parcela do povo brasileiro - não podemos tributar como representação de todo o povo - ainda não amadureceu. Talvez lhe falte compreender que civismo é expressão dada a povos civilizados, não a quem vê na representação máxima do país um parceiro de botequim torcendo apaixonado por seu time de coração.

Por fim, vaiar o Presidente da República no exercício de suas funções é vaiar o próprio Brasil.

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