sábado, 29 de junho de 2013

Constituinte

Plausível
A ansiedade dos que acompanham os fatos recentes, preocupados com seus desdobramentos, encontra um foco específico, deslanchado como proposta pela Presidente Dilma Rousseff: plebiscito para viabilizar uma constituinte exclusiva para fins de reforma político-eleitoral.

Insistimos na necessidade de uma reforma política e não somente eleitoral. Aquela atingirá os cânceres que alimentam os vícios que encontram resposta no processo eleitoral. Sendo mais profunda, por si mesma, dela emergirão as mudanças não suficientemente expressas pelas ruas.

A expectativa é por ver a proposta que será encaminhada pela Chefe do Poder Executivo ao Congresso assim que concluídas as consultas que está realizando. Na próxima semana terá encontro com as lideranças da oposição, que enfrentam qualquer tentativa de uma constituinte paralela para atender tão somente à reforma político-eleitoral. 

Nos próximos dias e meses o centro de discussão em torno do tema terá como destino a possibilidade de convocação de uma Constituinte específica. Alguns entendem que tal não seria possível; outros nela encontram a legitimidade que as reformas pretendidas carecem.

Estamos filiado àqueles que duvidam da capacidade de o Congresso realizar as reformas cobradas pela sociedade. Capacidade esta que muito bem pode ser traduzida na impossibilidade de enfrentar uma circunstância que está vinculada diretamente ao que norteia a atual classe política: interesses mais pessoais e de grupos que os coletivos.

Neste particular a classe política se deixou desgastar (fato histórico no plano de sua conformação) por menos representar o povo e mais a classe dominante.

Sob tal viés é que se ampara a convocação de uma constituinte originária para corresponder ao desiderato. É a procura da plenitude da participação popular em busca da felicidade social como contraponto à felicidade individual.

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