terça-feira, 11 de junho de 2013

Premonição

Previsível
Espoucam fogos à véspera dos festejos juninos. Natural que ocorram. É da tradição. Vem-nos, então, um texto elaborado no dia 4 de janeiro deste ano, que perdido estava nos arquivos deste articulista e que conseguimos localizar. Melhor tempo não há, pela oportunidade para publicá-lo. Ei-lo:

Parece-nos que a expressão equipe técnica que alimentou o discurso do prefeito eleito passa por uma conceituação de que “os meus técnicos” são melhores que os técnicos que existem porque são “os meus técnicos”. Coisa assim que lembra Fernando Pessoa, pelo heterônimo Alberto Caeiro comparando o rio de sua aldeia ao Tejo, reconhecendo-o maior por ser da “sua aldeia” (“O Tejo é mais belo”, o XX, dos 49 poemas de O Guardador de Rebanhos), inspiração plagiada por Telmo Padilha no verso “o rio da minha cidade / é o maior rio do mundo / porque é o rio da minha cidade”.

Louve-se o reconhecimento aos que esperam compor a “equipe técnica” porque nascidos na mesma aldeia e, portanto, são maiores que os técnicos de todas as aldeias.

Mas – e isso nos preocupa – é que estes técnicos todos podem ser os melhores não por serem técnicos, mas criaturas de um criador que começa a ocupar o lugar de Sua Excelência no comando pleno das decisões, como Richilieu ao tempo de Luís XIV.

Diante do desafio histórico de preparar Itabuna para um futuro de glórias ainda não vemos um programa de metas. As falas repetem-se no lugar comum da crise herdada, como a esquecer que crises existem para serem enfrentadas e tornarem grande o líder justamente porque encontrou saídas.

Há um projeto político em andamento (nada contra). Que não é do prefeito Claudevane Leite.

Um “grande irmão” acompanhará o prefeito.

Razão da atualidade
Findando-se seis meses da administração de Claudevane Leite não se encontra no imaginário da população que o elegeu - nele colocarmos os adversários representa aprofundar a compreensão do que acontece com argumentos pré-estabelecidos - a mínima convicção de que domina sua gestão. Não fora a teimosa presença do vice-prefeito Weceslau Júnior fazendo as vezes de comandante, ainda que presente Sua Excelência de fato, o prefeito.

Há um boicote institucionalizado, visível, comum aonde se faz presente o PCdoB. A ânsia, quase patológica, por cargos e pelo controle absoluto dos espaços que ocupa sem a correspondente demonstração de competência funcional - a não ser de um grupo pequeno que hegemoniza o partido, como a mostrar-se o supra sumo da divindade que comanda - vai deixando entrever que não é um bom parceiro, camarada ou companheiro.

O que redigimos em janeiro mais atual está. Escancaradamente atual!


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