sexta-feira, 19 de julho de 2013

Mais Médicos

A guerra fria
No pós-guerra, dividido o planeta em dois blocos de interesses - os liderados pelos Estados Unidos e o Soviético - a tônica para a disputa hegemônica girava em torno do binômio democracia-comunismo. O comunismo era traduzido não pelas proposições de Marx - que o tinha como o último estágio de aperfeiçoamento da sociedade socialista, utopia sazonada no século XIX - mas pelas "atrocidades" cometidas por Stalin para consolidar a Revolução Bolchevique de 1917.

E assim a informação e a contrainformação dominavam o mundo. Ser comunista era sinônimo de comedor de criancinha, estuprador de freira, arrancador de unha etc. A ideia pura cedia ao interesse para a construção hegemônica.

Drauzio Varela escrevia em em seu blog, em maio de 2012, que o Brasil conseguira reduzir, em dez anos, em dados do IBGE para o Censo 2010, a taxa de mortalidade infantil em 47%, trazendo-a para 15,6 mortes por mil crianças nascidas vivas, dentro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio fixados pela UNICEF, limitada a 15,7 pelo órgão. Ou seja, reduziu à metade. O Nordeste despontou como a maior redução, 59%, trazendo de 45 para 18,5 o número por mil de nascidos vivos entre 2000 e 2010. http://drauziovarella.com.br/crianca-2/brasil-reduz-taxa-de-mortalidade-infantil-quase-pela-metade/

A expectativa de vida também avançou: homens hoje alcançam 70,2 anos; mulheres, 77,4, conforme dados atualizados do IBGE http://www.crn9.org.br/noticia.php?id=229

Em Cuba a taxa de mortalidade infantil está em 4,6 por cada mil nascidos vivos, superando Estados Unidos e Canadá. A expectativa de vida em 78 anos para os homens e 80 para as mulheres.

O Programa Mais Médicos abre portas para estrangeiros, inclusive cubanos.

Mas a "guerra fria" não entende que a experiência cubana em saúde preventiva pode acelerar os nossos avanços naquilo que dependa de atenção básica. No confronto entre prevenir e curar fica patente a guerra entre "democracia" (faturamento de laboratórios e da medicina de grupo) e "comunismo" (atenção mais igualitária).

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