quarta-feira, 3 de julho de 2013

Passo

De cágado
O advogado tem sido servido regularmente de notificação eletrônico-judicial sobre determinado processo, por ele subscrito e ajuizado em 1996, ora redistribuído eletronicamente em sede do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, como afirma a cuidadosa informação recebida.

Não fora a memória ainda respondendo às sinapses cerebrais buscaria em seus arquivos individuais o que o matusalém exige dele.

A regressão o leva ao ajuizamento de uma execução amparada em título judicial em tempos ainda mais pretéritos, 1988. Depois de discutida a fraude à execução, trazido o bem à garantia do juízo, adjudicado este pelo credor e regularmente alienado pende ainda nos escaninhos do Tribunal de Justiça, aguardando apreciação de uma de suas Colendas Turmas, o insepulto .

Porque sepultado já o foi o executado, há mais de uma década. Que subiu ao Pai Eterno livre do peso do processo, o que poderia prejudicar seu ingresso na corte celestial.

Já o mesmo advogado aguarda decisão definitiva em processo de interesse pessoal (portanto por ele ajuizado em defesa de seu próprio patrimônio), desde janeiro deste 2013. Ajuizado eletronicamente - a moda que retira da parte mais ainda o contato com serventuários e juízes (aqueles respeitam o exercício da decantada advocacia).

Caminha aquele que transita pela rede a passos de cágado. Como o quelônio pode viver mais de um século sabe o advogado que morrerá bem antes de ver resposta do Estado, buscado - por exigência da Lei - para intermediar o conflito.

Tudo para que ele não o fizesse na mão grande ou convocasse um competente cigano para resolver o problema. 

Que, por sinal, tem demonstrado mais celeridade na solução de conflitos.


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