quarta-feira, 3 de abril de 2013

Denúncia

Grave
O deputado Feliciano, envolvido em polêmica e alvo preferencial, no momento, de organizações sociais, volta a ser foco, não por suas questionadas posições (algumas criticas em desrespeito às convicções que o alimentam), mas de matéria gerada na Folha, oriunda de mensagem na rede de Roberto Marinho, assessor do parlamentar, amparada em reportagem da TVB, afiliada da Record na região de Campinas, sobre abusos sexuais sofridos por uma criança adotada por um casal homossexual.

O fato veiculado pelo assessor, em sendo confirmado sob os "rigores" da investigação policial e seus desdobramentos em sede judiciária, traz à tona a discussão em torno da adoção por parceiros homossexuais, que vivem como casais, e levanta a dúvida sobre a prática defendida como solução para o grande número de crianças abandonadas ou simplesmente afastadas de seus lares de origem, quando perderam pai e mãe a guarda etc.

O tema, por demais melindroso, exige análise de profissionais (psicólogos, psicanalistas, assistentes sociais etc.) e não se aprofunda sob a égide do sensacionalismo, em muito tomado das emoções que permeiam este ou aquele ponto de vista.

Por outro lado, possível sensacionalismo em torno do fato - sem nenhuma pretensão de defender a adoção por homossexuais - não exime a violência sofrida por crianças também nos lares heterosexuais.

O que ressalta de tudo é que as crianças não encontram segurança diante de adultos doentes. Fruto de uma sociedade ainda mais doente.

Olho do furacão
O centro do problema que leva a sociedade a discutir a adoção por parceiros homossexuais como solução para o número assustador de crianças abandonadas aguardando adoção deveria encontrar outro foco de discussão: a razão por que tal fenômeno ocorre.

Certamente chegaria ao olho o furacão: a desestruração familiar, que pode ser combatida com políticas públicas que efetivamente reconhecessem na família a célula da sociedade, que está a exigir proteção através de emprego, plena integração e punição concreta aos que violam obrigações assumidas, que são exceção e não regra.

Provavelmente as soluções paralelas não fossem defendidas com tanta ênfase e sua compreensão estaria limitada ao plano da sublimação como natural a qualquer ato humano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário