sábado, 27 de abril de 2013

Entre a desmoralização

E autodesmoralização
Vai se tornando recorrente. Caso fosse aluno que perde de ano seria chamado de repetente. No entanto, não fora o apoio incondiconal da imprensa que alimenta o sonho de ver a política gorvernamental que defende retornar ao poder (por outros caminhos que não o voto) ninguém alimentaria as bobagens e sandices que manifestações do STF através de alguns de seus pares vem ofertando ao público.

No momento, depois de provocações inimagináveis em tempos não tão pretéritos, vai ocupando espaço na imprensa a propaganda de que há uma agressão ao Poder Judiciário, a partir de algumas iniciativas em sede do Congresso Nacional. Para tais arautos - mais para áulicos de algumas augustatas figuras de Corte judiciária - está a caminho uma campanha de desmoralização do STF.

De nossa parte, afastada a visão pessoal que temos sobre os fatos, quando se trata de "desmoralização" caberia indagar aos que a afirmam se não há uma espécie de autodesmoralização do STF a partir da atuação ou postura de alguns de seus pares

Duas expressões da Corte hoje mais se destacam, dispensado nesta análise aquele que a preside: Gilmar Mendes, que em menos de 48 horas assegurou liberdade para o banqueiro Daniel Dantas concedendo-lhe habeas corpus, que "chamou às falas" publicamente um presidente da República fundado em mentiras promovidas pela imprensa da pior estirpe, que vinculado estava a senador conivente com bicheiro, e que, para não irmos longe, inventou a suspensão de lei inexistente, uma vez que ainda em tramitação, além de atuar como empresário no mundo da educação. Sem esquecer o famoso "grampo sem áudio".

Para não ficar longe, Luiz Fux escandaliza com suas relações incestuosas com bancas advocatícias, ameaças a quem não permitiu que afilhado seu que perdeu em concurso assumisse o cargo, que publicamente coage a OAB para que indique uma filha de 32 anos para assumir vaga de desembargadora no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Fosse pouco, alardeou a campanha que fez para chegar ao STF (não esqueça o leitor de que a Procuradoria teve que retirar a ção que movera contra ele por causa de sua suspeita atuação no julgamento da ação que discutia a legalidade do título de capitalização de Sílvio Santos), incluindo cabala de influência junto a um réu de processo que julgaria, chegando ao desplante de prometer absolvição.

E dentre os pares até um deles já proclamou a ditadura militar como um "mal necessário", no caso o ministro Marco Aurélio.

Não sabemos se há campanha de desmoralização ou a consolidação da autodesmoralização.

Preocupa-nos bem mais a augustata ora ensaiada no STF, como a repetir a história de Roma, quando a República cedeu seus avanços ao Império que Otávio Augusto implantou em 27 a.C.

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