sexta-feira, 12 de abril de 2013

Greve

À vista
Mais um embate à vista, no universo da educação na Bahia. O Governo Wagner vai se tornando referência de desgaste quando o tema é discutir a valorização de profissionais do ensino. Desta vez, novamente, os professores das universidades estaduais sinalizam a possibilidade de enfrentamento, única saída que encontram.

A razão por que estamos quase a afirmar a deflagração de mais uma greve decorre dos exemplos colhidos no curso da atual administração aliados a uma proposição política que agride o bolso dos que militam na seara educacional.

Não são somente as limitadas iniciativas do Governo Estadual no que diga respeito a uma efetiva melhoria da remuneração dos servidores e invstimentos na educação. Deu o governo de Sua Excelência de avançar sobre direitos adquiridos e inovar quando passa a confundir, como condição de aumento para a remuneração, que o servidor realize cursos e aprimoramentos que antes constituiam o que se denomina de avanço horizontal.

Explica-se, no caso do avanço: o governo Jacques Wagner, como já ocorreu com os professores da rede que paralisaram atividades durante 116 dias, pretende também com os professores das universidades estaduais, condicionar "aumento" a atualização/avaliação curricular de cada um.

Por este caminho o professor precisa estudar para certificar a viabilização de "aumento". Em outras palavras: caso o professor não realize o curso não terá "aumento".

Quem está fora do palco veria na atitude uma avanço. Ocorre que o alegado "aumento" (observe o leitor que estamos aspeando a palavra) nada mais é que reposição inflacionária, ou seja, recuperação das perdas do poder aquisitivo da remuneração com a inflação.

Ao condicionar este "aumento" à realização de curso de atualização etc. o Governo Estadual está suprimindo, pura e simplesmente, a vantagem que teria o servidor, em nível de remuneração, de vê-la elevada à conta do denominado avanço horizontal, incentivo legal para aperfeiçoamento intelectual do professor.

Podemos estar enganado, mas tal procedimento leva ao desaparecimento do avanço a médio e longo prazo, que passará a ser condicionante de reposição inflacionária, que o governo denomina de "aumento".

Diante da circunstância há possibilidade de paralização. Jacques Wagner conseguiu engambelar a rede pública estadual mal dirigida e mal assessorada juridicamente, mais preocupados muitos de seus dirigentes e integrantes com conquistas individuais e não coletivas.

Mas com as universidades estaduais a coisa pode não convencer neste particular. E a saída, em tais situações, é a greve.

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