terça-feira, 9 de abril de 2013

Nada a esperar

Por falta de grandeza
Evidente que as dúvidas levantadas por especialistas de direito ao tempo em que absurdas inovações iam se apresentando no curso do julgamento da AP 470, denominada mensalão do PT para a grande imprensa, não encontraram contraponto, a não ser da própria opinião publicada.

Fatos novos estão em andamento, desconhecidos ao tempo do inquérito, denúncia e julgamento, capazes de alterar posições de ministros do STF se tiverem a grandeza de reconhecer a realidade factual em confronto com a realidade imaginada por muitos dos senhores julgadores.

Muito do que surgirá, ainda em sede de provocações jurídico-processuais dentro da própria AP 470, encontra apoio em fontes oficiais como o Banco do Brasil, Tribunal de Contas da União e auditorias várias. Ou seja, provas e não deduções descabidas de fundamento.

Tendem a confrontar pontos decisivos que sustentaram a acusação e muitos votos do STF, ainda que, naquela fase, estivessem no limite de "provas tênues" como argumentado pelo próprio Roberto Gurgel, Procurador-Geral da República, em suas alegações finais.

Tempo houve para aprofundarem a verdade por eles imaginada. No entanto, a verdade que mais se sedimentou foi a que envolve as controvérsias que levaram o julgamento à natureza de inquisição.

De nossa parte, a não ser que os novos ministros que terão acesso ao processo venham a contribuír para desmanchar a caixa-preta que alimentou o justiçamento em muitos casos, não cremos que aqueles atuais encastelados no Olimpo tenham grandeza para reconhecer o erro cometido em vários instantes do julgamento.

Por falta de grandeza, nada a esperar.


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